BENGHAZI (Reuters) - Apoiadores do falecido ditador líbio Muammar Gaddafi realizaram uma manifestação na cidade de Benghazi, no leste do país, nesta terça-feira, gritando "Muammar, Muammar", mas se dispersaram depois que adversários fizeram disparos com armas de fogo e atiraram pedras contra eles.
Aparentemente não houve feridos entre as dezenas de simpatizantes de Gaddafi, que foi deposto em 2011 e morto, abrindo caminho para o caos que assola a Líbia na atualidade enquanto dois governos rivias lutam pelo poder e militantes islâmicos se tornam mais influentes.
Os partidários de Gaddafi ergueram fotos do governante que reinou por 42 anos e exigiram a libertação de seu filho mais proeminente, Saif al-Islam, que um tribunal da capital Trípoli condenou à morte em sua ausência na semana passada por crimes cometidos durante a revolução que depôs seu pai.
Desde 2011 ele está em mãos de um ex-grupo rebelde em Zintan, região fora do controle de Trípoli. Entidades de direitos humanos dizem que o veredicto está repleto de equívocos.
"Somente Deus, Muammar e a Líbia!", entoava a multidão, acenando com as bandeiras verdes do antigo regime.
Eles debandaram depois que outros moradores, alguns deles portando a bandeira da Líbia, abriram fogo.
Moradores disseram que este foi o primeiro protesto de seguidores de Gaddafi na segunda maior cidade líbia, e berço da revolução, desde 2011.