WASHINGTON (Reuters) - Um segundo delator se apresentou a respeito de tentativas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de fazer com que o presidente da Ucrânia investigasse um rival político, afirmaram advogados do denunciante neste domingo.
O advogado Mark Zaid afirmou que a pessoa, que também é agente da inteligência, tem conhecimento em primeira mão de algumas das acusações envolvendo a queixa do delator inicial, que ajudou a ativar procedimentos para pedido de impeachment do presidente republicano.
A segunda autoridade foi interrogada pelo inspetor-geral da comunidade da inteligência, Michael Atkinson, disse Zaid.
A queixa do primeiro delator, apresentada ao inspetor-geral em 12 de agosto, citava informações recebidas de meia dúzia de autoridades norte-americanas que expressaram preocupação que Trump estava usando o poder de seu cargo para solicitar interferência de um país estrangeiro, conforme busca reeleição para segundo mandato em 2020.
A queixa também alega que Trump usou 400 milhões de dólares, destinados a assistência, como poder de barganha para assegurar uma promessa do presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, de investigar um rival democrata, o ex-vice-presidente Joe Biden, e seu filho Hunter, que trabalhou como diretor em uma companhia energética ucraniana.
"Posso confirmar que meu escritório e minha equipe representam múltiplos delatores ligados às divulgações de 12 de agosto de 2019 a inspetor-geral da comunidade da inteligência", disse Andrew Bakaj, um segundo advogado, em publicação no Twitter.
Mark Zaid afirmou no Twitter que o segundo delator "também fez uma delação protegida sob a lei e não pode sofrer retaliação". Ele disse à rede ABC News mais cedo que a segunda autoridade tinha sido interrogada pelo inspetor-geral.
(Reportagem de Valerie Volcovici)