Por Terry Wade
DALLAS (Reuters) - Um segundo profissional de saúde do Estado norte-americano do Texas que tratou do primeiro paciente nos Estados Unidos a ser diagnosticado com Ebola teve um teste positivo para a doença, informou nesta quarta-feira o Departamento Estadual de Serviços de Saúde.
Ao menos 4.447 pessoas morreram na África Ocidental no pior surto já registrado do vírus que pode causar febre, hemorragia, vômito e diarreia, e que se espalha por meio do contato com fluídos corporais. Casos de Ebola nos EUA e na Europa por enquanto são bastante reduzidos.
Em Dallas, o funcionário do hospital Texas Health Presbyterian, que cuidou do liberiano Thomas Eric Duncan, a primeira pessoa a morrer de Ebola nos EUA, foi imediatamente isolado depois de relatar febre na terça-feira, segundo o Departamento de Saúde.
"As autoridades de saúde entrevistaram o mais recente paciente para identificar rapidamente quaisquer contactos ou exposições potenciais, e essas pessoas serão monitoradas", disse o departamento em comunicado.
A enfermeira Nina Pham, de 26 anos, foi a primeira pessoa a ser infectada pelo Ebola nos Estados Unidos. Diagnosticada no fim de semana, ela cuidou de Duncan durante a maior parte dos 11 dias de internação do homem no hospital. Ele morreu numa área de isolamento em 8 de outubro.
O hospital informou na terça-feira que Pham estava "em bom estado". Representantes do hospital não estavam disponíveis de imediato para comentar sobre o segundo caso de infecção nesta quarta-feira.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês) disse em comunicado que estava realizando testes para confirmar os resultados preliminares dos exames do novo paciente com Ebola no Texas.
"Mais um profissional de saúde com teste positivo para Ebola é uma preocupação grave, e o CDC já tomou medidas ativas para minimizar o risco aos profissionais de atendimento médico e ao paciente", disse a agência em nota.
O diretor do CDC, Thomas Frieden, informou na terça-feira que a agência estava criando uma equipe de resposta rápida para ajudar os hospitais que tiverem casos de Ebola confirmados.
Frieden tem sido criticado pela resposta e preparação dos EUA para o Ebola, mas o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, disse que o presidente Barack Obama confia na capacidade de Frieden para liderar os esforços públicos de saúde.
A esperança de um fim rápido para o surto de Ebola foi reduzida pela previsão da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que os três países mais afetados -Libéria, Serra Leoa e Guiné, todos na África Ocidental- podem ter até 10.000 novos casos por semana até o início de dezembro.
(Reportagem de Curtis Skinner em San Francisco)