RIO DE JANEIRO (Reuters) - A seleção brasileira precisa sempre reunir futebol de qualidade com bons resultados para conseguir conquistar a torcida, apesar de estar no início de um trabalho de reformulação após a Copa do Mundo, afirmou o técnico Dunga nesta terça-feira.
"Nós, por natureza, somos competitivos, tanto o futebol brasileiro, como os jogadores, como a seleção, e temos que buscar sempre juntar qualidade com os resultados. Mas a gente não pode colocar a todo instante como terra arrasada", disse Dunga em entrevista coletiva, após divulgar sua primeira convocação no retorno ao comando da equipe.
"A coisa principal é passar para o torcedor que a gente está trabalhando, cada um se empenhando da melhor forma possível, passar uma energia muito positiva, mas, sem dúvida, somado a isso precisa ter um bom resultado e um jogo que o torcedor volte a ter essa energia positiva com a seleção", acrescentou.
O Brasil enfrentará a Colômbia em 5 de setembro, em Miami, e jogará com o Equador no dia 9, em Nova Jersey. Os amistosos serão os primeiros do treinador em seu retorno à seleção brasileira, que Dunga comandou entre 2006 e 2010.
Dunga chamou uma série de novos jogadores que não fizeram parte do time que disputou a Copa do Mundo deste ano, como a dupla do Cruzeiro Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart, mas manteve alguns nomes que defenderam o Brasil no Mundial em casa, incluindo Neymar, David Luiz, Luiz Gustavo, Fernandinho, Ramires e Maicon.
O treinador foi contratado no mês passado como substituto de Luiz Felipe Scolari, que deixou o comando da equipe após a frustrante 4º lugar do Brasil na Copa do Mundo realizada em casa, quando a equipe foi goleada por 7 x 1 pela Alemanha na semifinal e depois perdeu por 3 x 0 para a Holanda.
Dunga, que deixou a seleção em 2010 após ser eliminado nas quartas de final do Mundial da África do Sul em sua primeira passagem pela equipe, assumiu com a missão de renovar a seleção com vistas à Copa de 2018 na Rússia.
Depois dos jogos com Colômbia e Equador, o Brasil enfrentará ainda este ano Turquia, Argentina e Japão.
(Por Rodrigo Viga Gaier e Pedro Fonseca)