WASHINGTON (Reuters) - O Senado dos Estados Unidos aprovou um plano orçamentário de autoria republicana na sexta-feira que busca 5,1 trilhões de dólares em cortes de gastos domésticos ao longo de 10 anos, ao mesmo tempo em que impulsiona o financiamento militar.
O placar de 52 a 46 sobre a resolução orçamentária não obrigatória coloca o Congresso no caminho de finalizar seu primeiro orçamento completo em seis anos. Isso aconteceu ao final de uma sessão de 18 horas que acabou com a aprovação de dezenas de emendas que foram de sanções ao Irã a emissões de carbono e política de imigração.
Dois senadores republicanos que estão concorrendo ou pensando em concorrer para presidente, Ted Cruz e Rand Paul, votaram contra o plano orçamentário de seu partido, que é parecido com o que foi aprovado pela Câmara na quarta-feira.
Além de buscar eliminar déficits dentro de 10 anos, ambos os documentos buscam facilitar a trajetória para uma rejeição ou substituição da lei de reforma do setor de saúde do presidente Barack Obama.
Mas diferenças entre os dois documentos ainda precisam ser trabalhadas e um orçamento combinado aprovado no próximo mês por ambas as Casas.
Se isso for feito, vai permitir aos republicanos recorrerem a regras parlamentares para revogar o "Obamacare" com uma simples maioria no Senado, em lugar da necessidade de uma maioria de 60 votos, muito difícil de ser alcançada.
(Reportagem de David Lawder)