WASHINGTON (Reuters) - Brett Kavanaugh, indicado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à Suprema Corte, deu um passo em direção ao cargo vitalício nesta sexta-feira, quando o Senado o aprovou em votação preliminar, apesar das acusações de assédio sexual feitas contra ele.
Após uma disputa partidária que abalou o país, senadores apoiaram Kavanaugh por 51 votos contra 49, em uma votação na etapa de tramitação que levou o Senado, controlado por republicanos, em direção a uma decisão definitiva sobre confirmá-lo ou não.
A confirmação completa deve acontecer até a manhã de sábado.
Dado o resultado da votação desta sexta-feira, o juiz federal Kavanaugh parece estar na direção certa para conseguir o cargo vitalício na Suprema Corte. Entretanto, uma mudança de opinião de alguns parlamentares na votação final pode atrasar a confirmação do juiz.
A aprovação de Kavanaugh seria uma vitória clara para Trump e daria a maioria de 5 juízes contra 4 na Suprema Corte aos conservadores, em possíveis batalhas legais sobre questões controversas como o direito ao aborto, a imigração e à tentativa de Trump de proibir pessoas transgênero de servirem as Força Armadas norte-americanas.
O caso de Kavanaugh tem abalado os norte-americanos semanas antes das eleições do dia 6 de novembro, quando democratas tentarão tomar dos republicanos o controle do Congresso.
O que já era uma batalha fortemente partidária se tornou um intenso drama político quando a professora universitária Christine Blasey Ford acusou Kavanaugh de abuso sexual que teria sido cometido quando os dois estavam no ensino médio, em 1982. Duas outras mulheres também fizeram acusações de assédio sexual contra Kavanaugh.
O juiz negou todas as alegações.
(Reportagem de Amanda Becker e Richard Cowan)