Por Richard Cowan
WASHINGTON (Reuters) - O Senado dos Estados Unidos rejeitou nesta segunda-feira quatro medidas que restringem as armas, depois do tiroteio em massa em uma boate de Orlando, embora os parlamentares ainda estejam tentando buscar um compromisso que poderia manter as armas de fogo longe de pessoas monitoradas devido ao terrorismo.
Em um revés familiar para os defensores do controle de armas, todas as quatro medidas para ampliar verificações de antecedentes para compradores de armas e conter a venda de armas para os que estão em listas de observação de terrorismo - duas apresentadas por democratas e duas por republicanos - ficaram aquém dos 60 votos necessários para passar na Câmara de 100 integrantes.
O tiroteio mais mortal na história moderna dos EUA, ocorrido na semana passada, intensificou a pressão sobre os legisladores e estimulou uma ação rápida, mas as medidas de controle de armas perderam votos, o que mostrou o poder político no Congresso dos defensores dos direitos de arma e da Associação Nacional do Rifle (NRA).
Republicanos e seus aliados no lobby de armas da NRA disseram que os projetos democratas eram muito restritivos e desrespeitavam o direito constitucional de portar armas. Democratas criticaram os planos dos republicanos como muito fracos.
"É sempre a mesma coisa. Depois de cada tragédia, nós tentamos, nós, democratas, tentamos aprovar medidas de segurança sobre armas. Infelizmente, nossos esforços são bloqueados pelo Congresso republicano, que recebe ordens da Associação Nacional do Rifle", disse o líder democrata no Senado, Harry Reid.
O líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, republicano de Kentucky, afirmou que as medidas democráticas eram ineficazes.