WASHINGTON (Reuters) - O Senado dos Estados Unidos chegou a um acordo nesta quinta-feira para resolver uma questão técnica impedindo um novo pacote de sanções sobre a Rússia, embora o destino da medida na Câmara dos Deputados continue incerto, disseram parlamentares.
A medida foi aprovada pelo Senado por uma margem quase unânime de 98 a 2 votos em 15 de junho, parecendo poder complicar o desejo do presidente Donald Trump de melhores relações com Moscou, onde autoridades denunciaram novas sanções.
Mas a legislação foi bloqueada na Câmara, onde líderes republicanos disseram que o projeto de lei do Senado violou uma exigência constitucional que indica que qualquer projeto de lei afetando receitas do governo tenha origem na Câmara.
Parlamentares de ambas as Casa têm brigado sobre a questão desde então. Democratas acusaram líderes republicanos da Câmara de tentarem acabar com o projeto de lei para agradar Trump, após autoridades do governo falarem ter preocupações sobre a legislação.
O senador Ben Cardin, principal democrata no Comitê de Relações Exteriores do Senado, disse a repórteres que a questão havia sido corrigida sem quaisquer mudanças significativas à legislação.
O Senado chegou a um acordo de “consentimento unânime” na quinta-feira que resolveu a questão, enviando-a de volta à Câmara.
Não ficou imediatamente claro como a Câmara, onde colegas republicanos de Trump controlam uma maioria maior do que no Senado, iria responder.
(Por Patricia Zengerle)