🤑 Não fica mais barato. Garanta a promoção com 60% de desconto na Black Friday antes que desapareça...GARANTA JÁ SUA OFERTA

Senadores aliados querem que Dilma lidere negociação de MPs no Congresso

Publicado 24.02.2015, 15:58
© Reuters. Ministro Pepe Vargas

Por Jeferson Ribeiro

BRASÍLIA (Reuters) - Os líderes de partidos aliados no Senado disseram nesta terça-feira ao ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas, que a presidente Dilma Rousseff precisa liderar a negociação com o Congresso das medidas provisórias que alteram o acesso a benefícios trabalhistas e previdenciários, informou à Reuters uma fonte do governo.

Como parte da mobilização do governo para aprovação de duas MPs que tornam mais difícil o acesso a benefícios como seguro-desemprego, abono salarial e pensões por morte, Vargas começou nesta terça uma rodada de reuniões com os líderes aliados do Congresso.

No encontro da manhã desta terça com senadores aliados, o ministro ouviu um cenário de dificuldades políticas para aprovar as medidas na forma original e um pedido para que o governo divulgue mais dados que subsidiem o debate no Congresso.

"Os líderes entenderam as medidas, mas disseram que a aprovação não é fácil pelo momento político. E eles pediram que a presidente se envolva no processo, lidere a negociação", disse a fonte que participou da reunião à Reuters, sob condição de anonimato.

Além de Vargas, participaram da reunião os ministros da Previdência, Carlos Gabas, do Trabalho, Manoel Dias, da Secretaria-Geral, Miguel Rossetto, e do Planejamento, Nelson Barbosa.

Na segunda-feira, a cúpula do PMDB, maior partido aliado no Congresso, também se reuniu à noite com a equipe econômica para debater as medidas e a necessidade de um forte ajuste fiscal. O jantar, promovido pelo vice-presidente Michel Temer, foi tenso e o debate sobre as dificuldades políticas ganhou mais força do que as questões econômicas.

A aprovação dessas MPs, que podem gerar uma economia de até 18 bilhões aos cofre públicos e foram editadas no final do ano passado sem discussões prévias com centrais sindicais e com os partidos aliados, é o primeiro teste do governo no Congresso sobre o ajuste fiscal em andamento.

Vargas disse que essa foi a primeira reunião e não se discutiram mudanças no conteúdo das MPs, mas nos últimos dias ministros e até mesmo a presidente já admitiram a possibilidade de negociar pontos da proposta original.

"Abrimos uma rodada de primeiras intervenções, em que os líderes colocaram um conjunto de preocupações que querem discutir com suas bancadas", disse o ministro a jornalistas no final do encontro.

"Nós temos o objetivo de aprovar o mais rapidamente possível (as MPs)", disse o ministro, que nesta terça ainda se reúne com os líderes aliados da Câmara.

Antes do Carnaval, Vargas disse em entrevista à Reuters que todos os partidos aliados precisam ter compromisso com o ajuste fiscal e aprovar as medidas.

CMARA: AJUSTES

Após se reunir com os senadores, os ministros também discutiram as medidas provisórias e outros temas com os líderes aliados da Câmara.

Nesse encontro, segundo o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), os aliados deixaram claro que as medidas terão que passar por ajustes no Congresso.

"Todo mundo está convencido de que as medidas são boas, o que precisa é haver ajustes. E os líderes colocaram várias possibilidades sem bater martelo em nada, mas sobretudo para o governo é fundamental manter a essência", disse Guimarães a jornalistas após a reunião.

"Estamos abertos para melhorar as medidas provisórias", afirmou.

Segundo ele, essas MPs não são para fazer ajuste fiscal e sim para moralizar o acesso aos benefícios.

© Reuters. Ministro Pepe Vargas

"Não são medidas de ajuste fiscal. São medidas que visam reposicionar os benefícios previdenciários dentro de uma lógica moralizadora", argumentou.

Guimarães contou ainda que durante a reunião alguns aliados sugeriram que o governo apoie outras mudanças para aumentar a receita.

"Vários líderes sugeriram lá tomar medidas em outras áreas, não é uma questão de governo. Por que não retomar a discussão sobre a questão (a taxação) das grandes fortunas, a taxação do capital especulativo?", disse. Mas ressaltou: "Não estou anunciando medidas do governo."

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.