LIMA (Reuters) - O comando das Forças Armadas do Peru afirmou nesta segunda-feira que pelo menos 14 pessoas, entre elas duas crianças, foram mortas por membros do grupo insurgente Sendero Luminoso, que queimaram os corpos dos menores de idade até que eles ficassem irreconhecíveis, em uma região remota de produção de cocaína.
No local do massacre foram encontrados panfletos instando os peruanos a se absterem de votar no segundo turno das eleições presidenciais no dia 6 de junho, segundo um comunicado do comando conjunto do Exército, Marinha e Aeronáutica.
A Organização das Nações Unidas condenou "o assassinato" das pessoas e expressou solidariedade às vítimas e seus familiares, fazendo um apelo às autoridades para garantir uma investigação rápida e eficaz e que possa levar os responsáveis à Justiça.
"Com o processo eleitoral em andamento, fazemos um apelo a todos os agentes para atuar com responsabilidade, evitando discursos de ódio que aumentem as tensões", disse um comunicado do escritório da ONU em Lima.
"Pedimos às forças políticas que façam um chamado unânime para promover a convivência pacífica, o respeito ao estado de direito e aos direitos humanos em um momento de grande desafios para o país", acrescenta a nota.
As Forças Armadas do Peru classificaram o ataque como "um ato de genocídio" e disseram que o Sendero Luminoso havia classificado o massacre como uma forma de "limpeza social".
(Reportagem de Marco Aquino)