BARCELONA (Reuters) - Partidos favoráveis à independência da Catalunha fracassaram neste sábado pela quarta vez em eleger um líder regional, dez dias antes do prazo para formar um novo governo ou realizar novas eleições.
Quim Torra, um aliado próximo do ex-líder Carles Puigdemont, precisava de 68 votos para ser eleito, mas recebeu somente 66. No entanto, Torra ainda pode ser eleito em um segundo turno de votação a ser realizado na segunda-feira --no qual apenas uma maioria simples no Parlamento de 135 assentos é necessária--, desde que o partido CUP, de extrema-esquerda, seja convencido a não votar contra sua candidatura.
O CUP, cujos quatro parlamentares se abstiveram da votação deste sábado, se reunirá no domingo para decidir como votará no segundo turno.
Anteriormente, o CUP já rompeu com o bloco separatista, pois defende uma independência unilateral da Espanha, em vez de uma separação negociada advogada pelos partidos separatistas maiores.
A Catalunha está em um limbo político desde dezembro do ano passado, quando partidos pró-independência venceram uma eleição antecipada convocada pelo governo central da Espanha.
Madri decretou poderes especiais para assumir controle direto da Catalunha em outubro, depois que a região declarou independência. A região tem sido administrada pelo governo central desde então.
Os parlamentares catalães têm de escolher um líder para formar um governo até 22 de maio para evitar uma nova eleição, após um impasse durante o qual políticos separatistas nomearam candidatos que foram bloqueados por tribunais por estarem no exterior, ou por estarem presos.
(Reportagem de Sam Edwards)