BERLIM (Reuters) - Sindicatos da Alemanha aumentaram a pressão sobre os empregadores do setor público com um segundo dia de greves de âmbito nacional nesta quarta-feira, quando milhares de trabalhadores fizeram paralisações em hospitais, creches e depósitos de resíduos.
Nenhum voo foi afetado pela ação desta quarta-feira, ocorrida um dia depois que paralisações causaram interrupções generalizadas no tráfego aéreo, inclusive o cancelamento de centenas de voos que deixaram milhares de passageiros no solo.
O sindicato alemão Verdi quer um aumento de 6 por cento para 2,3 milhões de servidores públicos, mas o governo federal e os municípios rejeitaram a demanda, que alegam ser muito alta. A próxima rodada de negociações acontece em 15 de abril.
Dois Estados do sul, Baviera e Baden-Wuerttemberg, foram dos mais atingidos nesta quarta-feira, mas greves e manifestações também afetaram outras regiões, como Hessen, Sarre, Brandenburgo e Renânia do Norte-Vestfália, o Estado mais populoso do país.
O presidente do sindicato dos servidores públicos bávaros, Rolf Habermann, disse à Reuters nesta quarta-feira que agora é hora de os empregadores fazerem uma proposta que reflita a força da ascensão econômica alemã.
"Já se trocaram palavras demais, os rituais foram estendidos ao máximo", disse Habermann.
Maior economia europeia, a Alemanha está em ótima forma, com arrecadação farta de impostos e um superávit orçamentário recorde. O desemprego em queda, os aumentos de salário acima da inflação e os custos de empréstimos baixos estão alimentando um impulso liderado pelo consumo.
(Por Thorsten Severin)