DUBAI (Reuters) - Um site de oposição disse nesta quinta-feira que ao menos 631 pessoas foram mortas no Irã durante os protestos de novembro do ano passado.
O saldo relatado variou de uma soma de 1.500 mortos da Reuters a uma cifra de mais de 300 da Anistia Internacional. Ambas foram refutadas pelas autoridades iranianas.
"De acordo com o boletim oficial confidencial, ao menos 631 pessoas foram mortas durante os tumultos... a maioria era de pessoas de baixa renda", disse o site reformista Kaleme.
Centenas de iranianos jovens e da classe trabalhadora foram às ruas no dia 15 de novembro para protestar contra aumentos nos preços dos combustíveis. Os protestos assumiram viés político, e os manifestantes queimaram fotos de autoridades graduadas e pediram que os governantes clericais renunciassem.
Sediada em Londres, a Anistia disse que mais de 300 pessoas foram mortas e que milhares foram presas na esteira de uma repressão após os distúrbios, que autoridades iranianas atribuíram a inimigos estrangeiros.
As autoridades iranianas, que ainda não informaram um saldo de mortes, refutaram as cifras da Anistia e uma reportagem da Reuters segundo a qual 1.500 pessoas morreram em menos de duas semanas depois do início dos protestos.
Em dezembro, Teerã disse que alguns "arruaceiros" foram mortos a tiros pelas forças de segurança. O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, denunciou os tumultos, que classificou como uma "conspiração muito perigosa" dos inimigos de seu país.
(Por Parisa Hafezi)