Por Nichola Groom
(Reuters) - O governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, finalizou nesta quinta-feira medidas para proteger as terras públicas norte-americanas, incluindo o arrendamento de áreas para conservação da mesma forma já oferece terras públicas para perfuração, mineração e pastagem.
As novas regras do Departamento do Interior ajudarão a preservar quase um décimo da base de terras dos Estados Unidos contra o impacto da mudança climática e permitirão que os setores compensem suas pegadas ambientais, informou a agência.
A medida é consistente com a meta do governo de colocar as mudanças climáticas no centro das decisões do departamento, e também com a promessa de Biden de conservar 30% das terras e águas do país.
A regra foi bem recebida por grupos conservacionistas, mas um grupo do setor de petróleo e gás da considerou ilegal e prometeu entrar na Justiça.
O projeto arrendada para restaurar paisagens degradadas ou mitigar os impactos do desenvolvimento em outras terras públicas. Os arrendamentos não entrariam em conflito com os usos existentes, informou a agência.
“Como administrador das terras públicas dos Estados Unidos, o Departamento do Interior leva a sério o nosso papel de ajudar a reforçar a resiliência dos ambientes face ao agravamento dos impactos climáticos”, disse a secretária do Interior, Deb Haaland, em comunicado.
A Western Energy Alliance, que representa empresas do setor energético que operam em terras federais, afirmou que a política altera o equilíbrio no uso de terras públicas entre empresas de energia, mineração, pastagem e recreação.
“Este é um exemplo clássico de exagero do governo Biden, que não tem problemas em ignorar leis básicas, e seria prejudicial para as comunidades rurais em todo o Oeste que dependem do desenvolvimento econômico responsável em terras públicas que não sejam parques ou florestas”, afirmou a presidente do grupo, Kathleen Sgamma, em comunicado. "Não temos escolha a não ser litigar."
(Reportagem de Nichola Groom)