SEVILHA (Reuters) - Os socialistas devem vencer as eleições na Andaluzia, e o Partido Poupular, no poder na Espanha, dever ficar em segundo lugar, indicou pesquisa de boca de urna divulgada neste domingo por uma TV estatal regional.
A eleição serve como um primeiro teste para novos partidos e uma prévia da eleição nacional a ser realizada ainda este ano.
As pesquisas deram ao Partido Socialista Obrero Español (PSOE) até 44 assentos no Parlamento regional, ao PP 35 e ao Podemos até 22, segundo a pesquisa. Outro novo partido, o Ciudadanos, e o Izquierda Unida devem obter 7 cadeiras cada.
Com uma eleição geral esperada para o fim do ano, eleições regionais e locais em maio, e uma votação na Catalunha, em setembro, a deste domingo vai fornecer a primeira evidência concreta de mudança política, enquanto a recuperação econômica ganha ritmo, deixando milhões de desempregados para trás.
Na região ao extremo sul e, em grande parte, agrícola da Espanha, cerca de 6,5 milhões de andaluzes, um quinto do eleitorado nacional, vão pela primeira vez ter a possibilidade de escolher entre os novos partidos Podemos e Ciudadanos, além dos tradicionais.
A campanha se concentrou na corrupção dentro do PSOE, que atualmente dirige a administração regional, e do PP, no governo federal, e na ineficácia de suas políticas para lidar com o aumento da pobreza e da desigualdade.
Na Andaluzia, a região mais populosa da Espanha, mais de uma em cada três pessoas está desempregada, acima da média nacional de uma em cada quatro.
Os socialistas e o PP têm se concentrado em apontar os supostos perigos de políticos novos e de promessas ao eleitorado que não podem ser cumpridas, bem como na mútua acusação de corrupção.
O PP, em particular, tem se esforçado para fazer comparações entre o Podemos e o Syriza, no governo da Grécia e agora preso em espinhosas negociações sobre o financiamento da zona do euro, tendo prometido combater a pobreza resultante das políticas de austeridade.
A Espanha serve como um teste para medir a capacidade da centro-esquerda e da centro-direita de resistir a um aumento anunciado de forças populistas e extremistas, capitalizando os efeitos da crise, com nada menos do que nove países europeus realizando eleições neste ano.
(Por Inmaculada Sanz)