Por Maggie Fick
NAIRÓBI (Reuters) - A Somália precisa desesperadamente de doações de sangue para tratar os sobreviventes da explosão de dois caminhões-bomba na capital Mogadíscio no sábado, que deixaram mais de 300 mortos e ao menos 400 feridos, disse um ministro nesta terça-feira.
O ataque a bomba foi um dos piores já cometidos na Somália. Autoridades disseram que tem as marcas do grupo Al Shabaab, ligado à Al Qaeda, mas este não assumiu a responsabilidade.
O ministro da Informação, Abdirahman Omar Osman, disse que o país não tem um banco de sangue e que as limitações de seu sistema de saúde estão prejudicando o atendimento médico. Países como a Turquia e o Catar estão oferecendo assistência médica.
"Estamos pedindo sangue, estamos pedindo assistência para verificar os mortos para que seus familiares tomem conhecimento", disse Osman à Reuters por telefone de Mogadíscio.
A nação vem sendo assolada por conflitos desde 1991, quando líderes de clãs depuseram um ditador e depois se voltaram uns contra os outros. Um dos países mais pobres da África, a Somália enfrenta uma insegurança alimentar grave e depende de doadores estrangeiros para prover suas instituições e serviços básicos.
Osman disse que os corpos de mais de 100 pessoas enterradas na segunda-feira "estavam irreconhecíveis depois da explosão", e que espera que outros corpos ainda possam ser identificados.
Médicos turcos --principalmente cirurgiões e especialistas em ferimentos na coluna-- chegaram juntamente com o ministro da Saúde da Turquia na segunda-feira.
"Eles estão tratando as pessoas em hospitais de Mogadíscio", informou o ministro.