Por Jeff Mason
ADDIS ABEBA (Reuters) - As facções em guerra no Sudão do Sul podem enfrentar mais pressão internacional para colocar fim ao conflito interno se perderem o prazo de 17 de agosto para alcançarem um acordo de paz, disse o presidente norte-americano, Barack Obama, nesta segunda-feira.
Obama, que está na Etiópia em uma viagem de dois países da África, se encontrou com líderes africanos regionais nesta segunda-feira em Addis Abeba para discutir o conflito que irrompeu em dezembro de 2013, lançando tropas leais ao presidente sul-sudanês, Salva Kiir, contra rebeldes comandados pelo ex-vice presidente Riek Machar.
Uma autoridade dos Estados Unidos disse que sanções e outras penalidades podem ser cogitadas se os dois lados fracassarem na obtenção de um tratado de paz até 17 de agosto. Prazos anteriores foram ignorados, aprofundando a crise da nação mais recente do mundo.
"Se não enxergarmos um progresso até o dia 17, então teremos que analisar que outras ferramentas temos para aumentar a pressão sobre as partes", afirmou Obama durante coletiva de imprensa com o primeiro-ministro etíope, Hailemariam Desalegn, que já sediou conversas de paz.
Obama reconheceu os esforços da Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (Igad, na sigla em inglês), um grupo regional africano que já mediou o conflito e que inclui a Etiópia, para encerrar a contenda, mas disse que "a situação continua a se deteriorar".
Os Estados do Igad ameaçaram sanções no passado, mas não as aplicaram, e mais recentemente declararam que tais medidas não ajudariam. A Organização das Nações Unidas (ONU) e a União Europeia já impuseram sanções a comandantes dos dois lados.
(Reportagem adicional de Drazen Jorgic e George Obulutsa, em Nairóbi)