Por Anna Ringstrom
ESTOCOLMO (Reuters) - A Suécia acusou um homem nesta segunda-feira de espionar o país e os Estados Unidos em nome da Rússia e de transferir ilegalmente tecnologia avançada para as forças armadas russas durante um período de nove anos.
Os promotores indiciaram Sergej Skvortsov, cidadão da Suécia e da Rússia, por atividade de inteligência grosseiramente ilegal contra os dois países entre 2013 e 2022, mostrou o processo.
A advogada do homem de 60 anos disse que ele nega qualquer irregularidade. "Ele reitera que nega todas as acusações", disse a advogada Ulrika Borg à Reuters.
Os promotores disseram que o suspeito reuniu informações em nome da Rússia que poderiam ser prejudiciais à segurança dos Estados Unidos e da Suécia e forneceu à Rússia tecnologia que o país não poderia adquirir no mercado aberto devido a regulações e sanções comerciais.
"Skvortsov e sua empresa têm sido uma plataforma para o serviço de inteligência militar GRU e parte do Estado russo para aquisição ilícita de tecnologia do Ocidente", diz a acusação.
O serviço de segurança afirmou num comunicado que os supostos crimes podem representar graves ameaças à segurança da Suécia e de outros Estados.
"O objetivo do negócio do suspeito tem sido fornecer à Rússia tecnologia sensível e sob demanda que possa ser usada militarmente, onde o objetivo da aquisição tem sido aumentar as capacidades militares do Estado russo", afirmou.
A polícia prendeu Skvortsov em novembro do ano passado, nos arredores de Estocolmo, juntamente com um segundo indivíduo que foi libertado pouco depois.