Por Simon Johnson e Johan Ahlander
ESTOCOLMO (Reuters) - A adesão da Suécia à aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) aumentaria a segurança nacional e ajudaria a estabilizar as regiões nórdicas e bálticas, disse a ministra das Relações Exteriores sueca, Ann Linde, nesta sexta-feira, um dia depois que a vizinha Finlândia afirmou que buscará se juntar à aliança liderada pelos Estados Unidos de forma rápida.
A invasão da Ucrânia pela Rússia forçou a Suécia --e sua parceira militar mais próxima, a Finlândia-- a escolher publicamente um lado após permanecer fora da aliança militar desde que foi fundada em 1949 para combater a União Soviética na Guerra Fria.
Espera-se que Estocolmo siga o exemplo de Helsinque e solicite entrada na Otan, formada por 30 países, já na segunda-feira.
"A adesão da Suécia à Otan elevaria o limiar para conflitos militares e, portanto, teria um efeito de prevenção de conflitos no norte da Europa", disse Linde a repórteres ao apresentar as conclusões de uma revisão de segurança de todos os partidos que analisou os prós e contras da adesão à Otan para a Suécia.
"A consequência mais importante da adesão da Suécia à Otan seria que a Suécia seria parte da segurança coletiva da Otan e incluída nas garantias de segurança de acordo com... o Artigo 5º."
O Artigo 5º do tratado fundador da Otan diz que um ataque a qualquer país da aliança deve ser visto como um ataque a todos.
Embora Suécia e Finlândia tenham desde há muito tempo relações estreitas com a Otan e participem regularmente de exercícios e suas reuniões de alto nível, não são cobertas pela sua garantia de segurança.
O governo disse que o relatório não constitui uma recomendação para se juntar à Otan.