(Reuters) - Um sul-coreano de 80 anos ateou fogo a si mesmo nesta quarta-feira durante um protesto para que o Japão se desculpe oficialmente por ter forçado meninas coreanas a trabalharem em prostíbulos na Segunda Guerra Mundial, poucos dias antes do aniversário do fim das hostilidades.
A autoimolação ocorreu durante uma manifestação semanal regular em frente à embaixada japonesa. Em 15 de agosto, comemoram-se 70 anos desde o fim da ocupação colonial japonesa da península coreana.
Com a proximidade do aniversário, o protesto desta quarta foi maior do que o normal, com cerca de 2.000 manifestantes, incluindo três das 47 coreanas ainda vivas que trabalharam como "mulheres de conforto", eufemismo usado à época pelos japoneses, segundo os organizadores.
Pessoas que se encontravam no local cobriram o homem com banners de protesto para apagar as chamas, e paramédicos o levaram para o hospital.
O homem, identificado por um grupo cívico ao qual é filiado como Chou Hyun-yeol, estava em estado crítico, com queimaduras no pescoço, rosto e tronco, disse uma fonte do hospital. "O paciente é idoso e tem queimaduras graves, então sua sobrevivência não pode ser garantida."