Por Lanre Ola
MAIDUGURI, Nigéria (Reuters) - Uma suposta mulher-bomba matou pelo menos 12 pessoas nesta terça-feira em Maiduguri, capital do Estado nigeriano de Borno, disseram fontes militares e hospitalares, três dias depois que um grande ataque a bomba na cidade deixou mais de 50 mortos.
Maiduguri é o berço de insurgentes islâmicos do Boko Haram, que lutam há seis anos para formar um califado islâmico no nordeste da Nigéria. Os militantes tentaram tomar a cidade no fim de janeiro, matando mais de 100 pessoas no ataque, e novamente no início de fevereiro.
Nesta terça-feira, uma forte explosão abalou Maiduguri pouco depois das 16h, e uma fonte militar no local disse que uma mulher detonou sua bomba em uma rotatória perto de um mercado que já foi atacado várias vezes.
Abdulaziz Olawale, que estava a poucos metros do local quando a bomba explodiu, disse acreditar que o ato foi realizado por uma mulher-bomba, e que ele viu seu corpo carbonizado e esquartejado.
"O lugar estava bastante cheio. Muitas pessoas estavam esperando para pegar táxis e algumas estavam andando pela rua quando a explosão ocorreu", disse Olawale.
Uma fonte do Hospital State Specialist afirmou que 12 corpos haviam sido levados para o necrotério.
Outra bomba foi descoberta e desativada pela polícia nesta terça-feira em Babalayi, um bairro densamente povoado de Maiduguri e cerca de 500 metros do local da explosão de quinta-feira, disse um membro da força-tarefa civil conjunta.
Supostos militantes do Boko Haram também atacaram a cidade de Ngamdu, na fronteira de Yobe e Borno, na terça-feira, matando pelo menos uma dúzia de pessoas.