Por Dilawar Hussain e Jibran Ahmad
PARACHINAR/PESHAWAR, Paquistão (Reuters) - Dois supostos ataques de drones dos Estados Unidos ocorridos nesta terça-feira mataram 11 pessoas na fronteira montanhosa entre o Paquistão e o Afeganistão, na sequência de um ataque do dia anterior que matou 20 pessoas, disseram fontes governamentais e militantes.
Os ataques aconteceram dias depois de um casal canadense-norte-americano mantido como refém pelo Taliban ser libertado da área no noroeste do Paquistão, um acontecimento positivo raro nas relações muitas vezes tensas do país com Washington.
Na sexta-feira, aeronaves de controle remoto dos EUA foram vistas pairando sobre o local onde a norte-americana Caitlan Coleman, seu marido canadense e seus três filhos, todos nascidos no cativeiro, foram libertados. Eles haviam sido sequestrados pela rede Haqqani enquanto excursionavam pelo Afeganistão em 2012.
"Quatro drones dispararam seis mísseis no ataque de segunda-feira, e mais quatro foram lançados em dois ataques na terça-feira", disse Baseer Khan Wazir, principal autoridade administrativa da Agência Kurram, das Áreas Tribais de Administração Federal, à Reuters.
Os drones dispararam contra esconderijos do Taliban, matando ao menos 31 pessoas em dois dias, acrescentou, e todos os três ataques ocorreram do lado afegão.
"Vinte pessoas foram mortas ontem, a maioria do Taliban afegão, e mais 11 foram mortas nos ataques de hoje", disse Wazir à Reuters.
Fontes do Taliban disseram que 18 dos militantes do grupo Haqqani, cuja base é o Paquistão e que são aliados do Taliban, morreram no ataque de segunda-feira e seis em um dos ataques desta terça-feira.