Por Andrew Chung e Lawrence Hurley
WASHINGTON (Reuters) - A Suprema Corte dos Estados Unidos, em uma decisão que representou um revés aos defensores de uma reforma eleitoral, rejeitou nesta quinta-feira uma tentativa de controlar a manipulação de mapas eleitorais por políticos motivados em consolidar um partido no poder por meio de uma prática que críticos dizem prejudicar a democracia.
Os juízes da Suprema Corte, em uma votação histórica, pelo placar de 5 a 4, que poderá refletir na política norte-americana pelos anos à frente, decidiram que juízes federais não têm autoridade para impedir a definição de zonas eleitorais por viés partidário. A decisão poderá encorajar parlamentares a intensificar o uso da prática.
A corte votou de acordo com suas linhas ideológicas na decisão escrita pelo juiz presidente, John Roberts, com os membros conservadores na maioria e os liberais na minoria.
O tribunal decidiu a favor de parlamentares republicanos na Carolina do Norte e parlamentares democratas no Estado de Maryland que definiram limites de distritos eleitorais contestados por eleitores que consideraram as ações tão politicamente viesadas que violavam os direitos garantidos pela Constituição dos Estados Unidos.
Os limites geográficos dos distritos legislativos pelo país são redesenhados para refletir mudanças populacionais medidas pelo censo, conduzido pelo governo federal a cada dez anos. Na maioria dos Estados, a nova divisão dos distritos é conduzida pelo partido que está no poder.