ESTOCOLOMO (Reuters) - Um homem de Usbequistão suspeito de jogar um caminhão contra pessoas em Estocolmo, matando quatro delas, havia manifestado simpatia pelo Estado Islâmico e era procurado por não ter cumprido uma ordem de deportação, disse a polícia sueca neste domingo.
Outras quinze pessoas ficaram feridas na sexta-feira quando o caminhão de entrega que havia sido tomado avançou por uma movimentada rua comercial antes de se chocar contra uma loja de departamentos e pegar fogo. O suspeito uzbeque foi preso horas depois.
"Sabemos que o suspeito havia manifestado simpatia por organizações terroristas, entre elas o Estado Islâmico”, afirmou Jonas Hysing, chefe de operações da polícia nacional, à imprensa.
Na Europa, veículos foram usados como armas mortais em ataques em Nice, Berlim e Londres no decorrer do último ano, e tais ações foram reivindicadas pelo Estado Islâmico. Ninguém ainda assumiu a responsabilidade pelo atentado de Estocolmo.
O suspeito em Estocolmo, que tem 39 anos e é do Uzbequistão, na região central da Ásia, pediu residência permanente na Suécia em 2014, mas foi rejeitado. Ele era procurado porque havia ignorado a ordem para deportação, segundo Hysing.
A polícia está a sua busca desde que a agência migratória lhe deu em dezembro quatro semanas para deixar o país. Ele não era considerado uma ameaça extremista pelos serviços de segurança.
Dois dos mortos eram suecos. Um era cidadão britânico, e o outro da Bélgica.
(Por Simon Johnson, Niklas Pollard e Johan Ahlander; reportagem adicional de Johan Sennero, Johannes Hellstrom, Helena Soderpalm, Olof Swahnberg e Daniel Dickson em Estocolmo, e Julia Fioretti em Bruxelas)