Por Alastair Macdonald e Philip Blenkinsop
BRUXELAS (Reuters) - Salah Abdeslam, o principal suspeito dos ataques de Paris, foi interrogado por investigadores belgas no sábado, um dia depois de sua prisão, mas tentará não ser extraditado para a França, disse seu advogado.
Promotores belgas afirmaram que Abdeslam e um segundo homem preso com ele na sexta-feira foram acusados de “participação em assassinatos terroristas”.
“Ele está cooperando com a Justiça belga”, disse seu advogado, Sven Mary, a repórteres do lado de fora da sede da polícia judicial, acrescentando que Abdeslam, ferido após levar um tiro na perna na operação pela sua captura, assumiu ter estado em Paris em 13 de novembro.
Seu irmão mais velho estava entre os militantes que mataram 130 pessoas naquela noite na capital francesa.
Mary acrescentou que Abdeslam, que nasceu e cresceu em Bruxelas com ascendência marroquina mas tem nacionalidade francesa, recusa a extradição exigida pelo presidente francês, François Hollande, que estava em Bruxelas na sexta.
Especialistas dizem que a negativa do acusado dificilmente terá êxito, mas lhe dará mais tempo para se preparar para uma eventual defesa.