Por Dan Whitcomb
(Reuters) - Um homem de 21 anos acusado de abrir fogo em um supermercado do Estado norte-americano do Colorado e matar dez pessoas deve comparecer a um tribunal nesta quinta-feira para ser comunicado formalmente das acusações que enfrenta.
Ahmad Al Aliwi Alissa é alvo de dez acusações de homicídio e uma acusação de tentativa de homicídio, decorrentes do massacre de segunda-feira no mercado King Soopers de Boulder, cerca de 45 quilômetros ao noroeste de Denver.
O ataque foi o segundo episódio de assassinato em massa nos EUA em menos de uma semana – um homem armado matou oito pessoas a tiros em três spas da área de Atlanta no dia 16 de março.
Os dois ataques reacenderam um debate nacional sobre os direitos de posse de armas e levaram o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a pedir uma nova legislação ao Congresso. Um projeto de lei que visa impor verificações de antecedentes mais rígidas e proibir certos rifles semiautomáticos travou devido à oposição republicana.
A polícia ainda não identificou publicamente um motivo para a matança em Boulder. O irmão de 34 anos de Alissa o descreveu como antissocial e paranoico em uma entrevista ao site Daily Beast.
Já a cunhada do suspeito disse à polícia na noite de segunda-feira que ele estava "brincando" com uma arma de fogo que ela disse lembrar uma "metralhadora" dois dias antes, o que aborreceu familiares, de acordo com um depoimento juramentado arquivado pela polícia no caso.
O atirador chegou ao mercado portando uma arma de mão e vestindo um colete tático, segundo o depoimento. Seis dias antes, Alissa adquiriu uma pistola Ruger AR-556, uma arma que se assemelha a um rifle semiautomático, sempre segundo o depoimento.
Sírio naturalizado norte-americano, ele se declarou culpado de uma agressão de terceiro grau por esmurrar um colega de classe no final de 2017.