Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - Os dois presos nesta semana suspeitos de participação direta no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes serão transferidos para um presídio federal fora do Rio de Janeiro, informou o Ministério Público fluminense.
A transferência, autorizada pela Justiça e pedida pelo MP, prevê ainda, por medida de segurança, a inclusão de Élcio de Queiroz e Ronnie Lessa no regime disciplinar diferenciado (RDD).
Os dois foram presos na terça-feira e ainda estão na divisão de homicídios da polícia do Rio. Os acusados participaram de uma audiência de custódia nesta quinta-feira e estão com prisão preventiva decretada.
Também nesta quinta, data que marca um ano da morte de Marielle, vários atos e homenagens foram feitas no Rio e até em outros países.
Na fachada da Câmara Municipal da cidade foi estendida uma faixa com a pergunta: quem mandou matar Marielle? Foram realizados ainda atos na Assembleia Legislativa do Estado e na Cinelândia, além de uma missa na igreja da Candelária.
"A gente não vai sossegar enquanto não mostrarem quem mandou matar a Marielle", disse a mãe da vereadora assassinada, Marinete Silva.
Presente na homenagem à vereadora na Candelária, o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), disse ter certeza que se tratou de um crime político.
"Não temos dúvida de que foi um crime político, porque durante anos o Rio foi tomado por uma reação entre crime, polícia e política", disse Freixo.