BEIRUTE (Reuters) - O chefe da milícia síria curda YPG disse que a investida apoiada pelos Estados Unidos para retirar o Estado Islâmico da sua verdadeira capital, Raqqa, começará nos primeiros dias de abril e que o YPG fará parte dela, apesar da oposição da vizinha Turquia.
Um porta-voz do Pentágono norte-americano disse que nenhuma decisão foi tomada em relação à ofensiva contra Raqqa, que faz parte de tentativa de duas partes para desmantelar o califado declarado pelo Estado Islâmico em partes da Síria e do Iraque, em 2014.
Forças com o apoio dos Estados Unidos, inclusive o YPG, estão fechando o cerco na cidade, e o presidente Donald Trump disse que quer acelerar os esforços para atacar os militantes extremistas, que estão sob sítio por forças iraquianas apoiadas pelos EUA na cidade muito maior de Mosul.
Os comentários do comandante do YPG, Sipan Hemo, para a Reuters são a primeira indicação de uma data para o ataque a Raqqa.
Em uma resposta por escrito para as perguntas, Hemo, que raramente aparece na imprensa, disse: "Sobre a decisão de librar Raqqa, a questão está decidida e, no começo de abril, a operação militar vai começar".
E acrescentou: "Acreditamos que liberar Raqqa não vai demorar mais do que algumas semanas". Seus comentários foram transmitidos via um porta-voz do YPG.
Ankara tem pressionado para que os Estados Unidos desistam de sua aliança militar com o grupo Sírio Curdo, que vê como parte do Partido dos Trabalhadores Curdos, que tem se envolvido em uma insurgência contra a Turquia há três décadas.