Por Fumbuka Ng'wanakilala
DAR ES SALAAM (Reuters) - A Tanzânia convocou nesta terça-feira o representante local da Organização Mundial da Saúde (OMS) devido à declaração da agência de que o governo se recusou a dar informações sobre possíveis casos de Ebola.
Transparência e agilidade são essenciais para combater a febre hemorrágica fatal, uma vez que a doença pode se propagar rapidamente. Qualquer um que se acredite ter tido contato com pessoas potencialmente infectadas deve ser posto em quarentena, e o público deve ser orientado a acelerar as precauções, como lavar as mãos.
Na noite de domingo, a OMS disse que tomou ciência da morte de um paciente em Dar es Salaam no dia 10 de setembro e que no dia seguinte foi comunicada extraoficialmente que a pessoa teve um diagnóstico positivo de Ebola. A mulher em questão havia morrido em 8 de setembro.
Nesta terça-feira, o porta-voz governamental Hassan Abbasi disse no Twitter que o representante local da OMS, Tigest Ketsela Mengestu, foi convocado pelo vice-ministro das Relações Exteriores, Damas Ndumbaro, na capital comercial Dar es Salaam.
"O representante insistiu que a OMS não declarou que existe Ebola na Tanzânia, nem tem qualquer indício sobre isso, e prometeu cooperar com o governo", disse Abbasi.
"Durante as conversas, a OMS concordou em seguir estritamente as diretrizes delineadas pela própria agência e ratificadas pelo governo se quiser receber qualquer informação adicional do governo tanzaniano".
No comunicado do final de semana, a OMS disse que foi comunicada extraoficialmente que a Tanzânia teve dois outros casos possíveis de Ebola. Um teve diagnóstico negativo, e não há informações sobre o outro.
(Reportagem adicional de Emma Farge em Genebra)