WELLINGTON/MELBOURNE (Reuters) - Ao menos uma companhia começou a retirar pessoal considerado não essencial após um forte terremoto de magnitude 7,5 atingir o interior rico em recursos energéticos de Papua Nova Guiné nesta segunda-feira, provocando deslizamentos, danificando edificações e interrompendo operações de exploração de petróleo e gás.
O tremor ocorreu na região do Planalto Ocidental, de terreno acidentado e altamente arborizado, a cerca de 560 quilômetros a noroeste da capital Port Moresby, por volta de 3h45 da manhã (horário local), de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).
Um porta-voz do Centro Nacional de Desastres de Papua Nova Guiné disse por telefone que a área afetada é muito remota, e que a agência não poderia avaliar os danos de forma adequada até que as comunicações fossem restabelecidas.
Ele disse que não há confirmação de vítimas, apesar de a Cruz Vermelha Internacional em Papua Nova Guiné ter dito que alguns relatos indicaram que há "temores de vítimas humanas".
O governo federal enviou equipes de socorro ao local. Ao menos 13 réplicas com magnitude de 5,0 ou mais foram registradas ao longo do dia, de acordo com dados do USGS, mas não houve alerta de tsunami.
Nesta segunda-feira, o USGS registrou outro terremoto de magnitude 6,4 a 142 quilômetros da cidade de Mount Hagen, a uma profundidade de cerca de 10 quilômetros.
Devido aos tremores, a ExxonMobil (NYSE:XOM) informou que fechou as operações em sua unidade de gás de Hides, e que acredita que houve danos em seu prédio administrativo e em outras construções. A empresa também informou que suspendeu seus voos na base aérea de Komo até que a pista possa ser avaliada.
A petroleira local Oil Search disse em comunicado que também interrompeu a produção na área afetada pelo tremor.
(Reportagem de Charlotte Greenfield em Wellington e SonaliPaul em Melbourne; Reportagem adicional de Fergus Jensen emJacarta e Tom Westbrook em Sydney)