Por Khalid Abdelaziz e Nafisa Eltahir
DUBAI/CAIRO (Reuters) - Cartum estava mais calma na manhã deste sábado, com um cessar-fogo de sete dias aparentemente reduzindo os conflitos entre duas facções militares rivais, embora ainda não tenha gerado o prometido alívio à crise humanitária pela qual passam milhões de pessoas presas na capital.
Uma trégua assinada na segunda-feira entre os dois lados do conflito --o Exército do Sudão e o grupo paramilitar chamado Forças de Apoio Rápido (RSF)-- tentava garantir passagem segura para auxílio humanitário e levar a negociações mais amplas patrocinadas por Estados Unidos e Arábia Saudita.
No sábado, testemunhas disseram que Cartum estava mais calma, apesar de conflitos esporádicos terem sido relatados durante a noite. A emissora do Golfo, Al-Arabiya, relatou alguns combates no noroeste de Cartum e no sul de Omdurman, uma cidade vizinha da capital.
Em um comunicado no sábado, a RSF acusou o exército de violar o cessar-fogo e destruir a casa da moeda do país em um ataque aéreo. O Exército havia acusado a RSF na sexta-feira de atacar a casa da moeda.
Enquanto isso, o Exército disse que a sua convocação na sexta-feira de reservistas era uma mobilização parcial e uma medida constitucional, acrescentando que o Exército esperava que um grande número de pessoas respondesse ao chamado.
O conflito, que eclodiu em 15 de abril, matou pelo menos 730 civis e fez com que 1,3 milhão de sudaneses deixassem suas casas, fugindo para o exterior ou para regiões mais seguras do país.