Por Clement Rossignol
BRUXELAS (Reuters) - O cidadão francês Mehdi Nemmouche foi condenado por “homicídio terrorista” nesta quinta-feira por matar quatro pessoas a tiros em um museu judaico em Bruxelas após voltar da Síria em 2014, informou o porta-voz da Procuradoria belga.
A sentença do julgamento, que durou dois meses e enfatizou o risco representado por jihadistas europeus que voltam para casa após lutar na guerra da Síria, será anunciada em data posterior.
Nemmouche, de 33 anos, permaneceu em silêncio à medida que ex-reféns de militantes do Estado Islâmico, assim como vítimas do ataque de maio de 2014 contra o museu testemunhavam contra ele, embora ele tenha deposto brevemente na terça-feira para alegar que havia sido “enganado”.
Advogados das vítimas elogiaram os procuradores belgas por terem construído um caso forte contra Nemmouche, refutando alegações da defesa de que ele teria sido incriminado em uma conspiração para matar dois agentes do serviço de espionagem israelense Mossad.
“É uma vitória para a Justiça”, disse David Ramet, advogado das duas filhas do casal israelense Myriam e Emmanuel, mortos no ataque. A filha mais velha, Shiva, disse em depoimento no tribunal que a “tragédia as perseguirá durante toda as suas vidas”, segundo a TV estatal RTBF.
Dois funcionários do museu, Dominique Sabrier e Alexandre Strens, também morreram no ataque a tiros.