Por Tangi Salaün e Clotaire Achi e Ingrid Melander
PARIS (Reuters) - Um tribunal francês condenou à prisão perpétua, nesta quarta-feira, o único sobrevivente do grupo militante islâmico que matou 130 pessoas em uma noite de carnificina em Paris em 2015, dando um certo sentimento de encerramento aos sobreviventes e a um país cuja alma foi ferida pelos ataques.
Salah Abdeslam foi considerado culpado de terrorismo, sem possibilidade de ser solto, em uma sentença aplicada apenas quatro vezes anteriormente na França.
Outros 19 homens julgados por ajudarem a organizar os ataques de 13 de novembro de 2015 contra a casa de shows Bataclan, seis bares e restaurantes e ao Stade de France também foram declarados culpados.
Abdeslam havia dito no começo do julgamento que era um “soldado” do Estado Islâmico, que reivindicou responsabilidade pelos ataques.
Depois, ele pediu desculpas às vítimas e disse durante o julgamento que havia decidido no último minuto não detonar o seu colete explosivo. Mas, com base nas investigações e nas audiências, o tribunal decidiu que isso não é verdade.
“A corte considerou que houve um defeito no colete explosivo”, disse o juíz Jean-Louis Peries. Abdeslam é “culpado de ser membro de uma rede terrorista”, afirmou também.
(Reportagem de Tangi Salaun, Lea Guedj, Clotaire Achi, Lucien Libert, Noemie Olive, Tassilo Hummel, Benoit Van Overstraeten)