JOHANESBURGO (Reuters) - Um tribunal da África do Sul aceitou nesta terça-feira o pedido de adiamento feito pelo ex-presidente Jacob Zuma de seu julgamento por corrupção relacionado a um acordo de armas e postergou os procedimentos em três semanas.
Zuma é acusado de ter recebido pagamentos de mais de 2 bilhões de dólares em um acordo de armas nos anos 1990. Ele se declarou inocente em maio das acusações, incluindo corrupção, fraude e lavagem de dinheiro.
Ele escapou do processo por mais de uma década e se retratou como vítima de uma caça às bruxas com motivação política.
As tentativas de levá-lo à Justiça são vistas como um teste da habilidade do país de responsabilizar políticos poderosos.
"O julgamento está adiado para 10-13 de agosto de 2021", afirmou o juiz da Alta Corte de Pietermaritzburg, Piet Koen. Ele não deu os motivos para ter concedido o adiamento.
Zuma começou a cumprir uma sentença de 15 meses de prisão por desacato ao tribunal.
Ele apareceu diante da corte de Pietermaritzburg virtualmente, mas se manteve em silêncio, enquanto a sua equipe legal argumentava que um adiamento deveria ser concedido para que ele pudesse comparecer presencialmente.
A prisão de Zuma este mês gerou alguns dos piores distúrbios sociais da era pós-apartheid. Houve medo que sua mais recente aparição no tribunal levasse a surto de protestos violentos. Isso ainda não aconteceu.
(Por Alexander Winning e Wendell Roelf)