Por Venus Wu
HONG KONG (Reuters) - A mais alta corte de Hong Kong libertou três líderes do movimento pró-democracia da cidade nesta terça-feira, uma reversão surpreendente de um veredicto anterior, mas os advertiu contra atos futuros de dissidência.
A decisão unânime foi tomada por uma turma de cinco juízes do Tribunal de Apelações Finais da cidade de controle chinês, liderados pelo juiz-chefe Geoffrey Ma.
Joshua Wong, de 21 anos, a figura mais notória dos protestos, Nathan Law e Alex Chow mal haviam cumprido dois meses de pena ao serem soltos sob fiança em novembro.
Antes disso, o tribunal de um magistrado havia lhes imputado a prestação de serviço comunitário e uma pena suspensa pela acusação de "reunião ilegal" depois que eles e outros invadiram uma área cercada diante da sede do governo em setembro de 2014.
A ação desencadeou um impasse com a polícia que durou uma noite inteira e foi vista como um impulso essencial ao "Movimento Guarda-Chuva", que interditou grandes avenidas da cidade durante 79 dias reivindicando democracia plena, um dos maiores desafios enfrentados pelos líderes do Partido Comunista em Pequim em décadas.
Mas a sentença sem pena de prisão foi contestada pelo Departamento de Justiça de Hong Kong, que pediu uma revisão, o que mais tarde levou o Tribunal de Apelações a impor o encarceramento.
(Reportagem adicional de Carmel Yang and Pak Yiu)