(Reuters) - Um tribunal de Moscou considerará em 18 de abril um recurso impetrado por advogados do repórter do Wall Street Journal Evan Gershkovich, que foi preso por autoridades russas, para revogar sua prisão preventiva, informou a agência de notícias Interfax, citando o serviço de imprensa do tribunal.
Gershkovich, um cidadão norte-americano, foi preso na semana passada na cidade de Yekaterinburg, nos Urais, sob acusações de espionagem apontadas como falsas pelo Wall Street Journal, pelos líderes ocidentais e pelos colegas do repórter.
Pouco depois de sua prisão, um tribunal em Moscou ordenou que Gershkovich fosse mantido em prisão preventiva na penitenciária da capital, Lefortovo, até pelo menos 29 de maio. Naquela audiência, Gershkovich não teve permissão para se encontrar com seu advogado e os promotores não compartilharam nenhum material sobre o caso.
A audiência de 18 de abril também será realizada à portas fechadas, já que a Rússia considera as informações relacionadas às acusações como confidenciais, informou a Interfax.
A prisão de Gershkovich desencadeou um protesto de líderes ocidentais, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que instou a Rússia a "deixá-lo ir". O episódio tem pressionado ainda mais as relações EUA-Rússia, já em seu nível mais baixo em décadas.
O Wall Street Journal disse que "nega veementemente" as acusações, e dezenas de organizações da mídia pediram à Rússia que libertasse Gershkovich imediatamente.
(Reportagem da Reuters)