CAIRO (Reuters) - Um tribunal egípcio condenou à morte oito militantes, incluindo o proeminente militante islâmico Adel Habara, por acusações relacionadas ao assassinato de sete soldados num ataque no Delta do Nilo, no início de 2014, afirmaram fontes de segurança e judiciais nesta terça-feira.
Fontes judiciais disseram que as acusações também incluíram associação com uma organização "terrorista" e posse de armas. A decisão, que pode ser objeto de recurso, ocorre depois da consulta ao Grande Mufti, a mais alta autoridade sunita do Egito.
Habara já havia sido condenado à morte em dezembro por um ataque em agosto de 2013 perto da fronteira com Israel, que matou 25 policiais.
O presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, enfrenta uma crescente insurgência islâmica baseada na Península do Sinai, adjacente a Israel e à Faixa de Gaza. A violência na região se intensificou após Sisi, então chefe do Exército, comandar a derrubada do presidente islamita Mohamed Mursi em meados de 2013.
Desde então, Sisi lançou uma ofensiva contra a Irmandade Muçulmana, de Mursi. Milhares de simpatizantes da Irmandade foram presos e centenas já foram condenados à morte, incluindo Mursi.
Ativistas liberais também têm sido pressionados, com muitos dos principais líderes de um levante popular de 2011 enfrentando julgamento por violar uma lei rigorosa contra protestos.