Por Asif Shahzad
ISLAMABAD (Reuters) - Um tribunal do Paquistão descartou nesta segunda-feira um caso de sedição contra o ex-premiê Imran Khan, um alívio para o líder cujo recurso contra a condenação em um caso separado de corrupção será decidido por um tribunal superior na terça-feira.
O ex-ídolo do críquete, de 70 anos, entrou com um recurso na Alta Corte de Islamabad, buscando suspender sua sentença de três anos por acusações de corrupção que lhe foram apresentadas neste mês, dizendo que foi condenado sem ter direito à defesa.
"O julgamento é reservado", disse seu advogado Naeem Panjutha em uma publicação na plataforma X, anteriormente conhecida como Twitter, sobre o caso de corrupção, acrescentando que o tribunal anunciará a decisão na terça-feira.
O caso de sedição foi registrado em março na cidade de Quetta, no sudoeste do país, capital da província do Baluchistão, com base na alegação de que um dos discursos de Khan foi sedicioso.
A Alta Corte do Baluchistão disse nesta segunda-feira que os promotores não conseguiram obter o consentimento necessário do governo federal ou provincial para apresentar acusações de sedição.
As acusações "não têm autoridade legal e não têm efeito legal", decidiu o tribunal, rejeitando o caso.
"Deus seja louvado", disse Panjutha em uma publicação na plataforma X sobre a decisão no caso de sedição, que estava entre dezenas de casos movidos contra Khan depois de ele ter perdido um voto de confiança parlamentar em abril de 2022.
Khan perdeu o poder depois de se desentender com os militares influentes do Paquistão, e as suas tentativas de reunir apoio popular têm provocado turbulências políticas em um país que luta contra uma das suas piores crises econômicas.
Espera-se que eleições gerais ocorram em novembro, embora seja provável que sejam adiadas pelo menos até o início do próximo ano.
Khan não pode concorrer e foi impedido de ocupar cargos políticos durante cinco anos.