Por Jan Wolfe
WASHINGTON (Reuters) - Num revés ao esforço de Donald Trump para impedir a fiscalização de seus negócios, um tribunal apoiou nesta sexta-feira um pedido da Câmara dos Deputados para analisar registros financeiros do presidente norte-americano, incluindo documentos fiscais.
A decisão por 2 a 1 do Tribunal de Apelações dos EUA para o Circuito do Distrito de Columbia aproxima os democratas da Câmara de acessar registros que lançariam luz sobre os interesses comerciais de Trump e como ele construiu sua fortuna.
O tribunal rejeitou a tentativa de Trump de impedir que sua empresa de contabilidade Mazars entregue os documentos.
O Comitê de Supervisão da Câmara dos Deputados emitiu intimações para a Mazars em abril.
"Ao contrário dos argumentos do presidente, o Comitê tem autoridade, tanto pelas regras da Câmara quanto pela Constituição, para emitir a intimação, e Mazars precisa cumprir", escreveu o juiz David Tatel.
A juíza Neomi Rao, que foi nomeada por Trump no tribunal de apelações de D.C., emitiu opinião divergente.
Os advogados de Trump podem recorrer da decisão para a Suprema Corte dos EUA antes que ela entre em vigor. Os advogados de Trump "estão avaliando todas as opções de apelação", disse Jay Sekulow, advogado pessoal de Trump, em comunicado.
O parlamentar democrata Elijah Cummings, presidente do Comitê de Supervisão da Câmara, afirmou que a decisão foi uma "vitória fundamental e retumbante para a fiscalização do Congresso, nosso sistema constitucional de freios e contrapesos e o estado de direito".