Por Belén Carreño e Sam Edwards
MADRI/BARCELONA (Reuters) - A Suprema Corte espanhola decidiu que cinco líderes separatistas da Catalunha poderão deixar a prisão para tomarem posse como parlamentares na próxima terça-feira, mas não suspendeu o julgamento dos envolvidos na campanha de independência da região em 2017.
Oriol Junqueras, Josep Rull, Jordi Turull e Jordi Sànchez conquistaram vagas na Câmara Inferior do Parlamento nas eleições nacionais do dia 28 de abril. Raül Romeva conquistou uma cadeira na Câmara Superior.
Os cinco estão detidos sob acusações de rebelião, sedição e mal uso de verbas públicas ligadas ao referendo de independência da Catalunha, que foi declarado ilegal por tribunais espanhóis - e por uma declaração unilateral de independência. Os políticos negam as acusações.
Na decisão desta terça-feira, a corte disse que não concordava com os pedidos pela suspensão do julgamento ou pela concessão de imunidade.
O tribunal acrescentou que "não aceita o pedido de liberdade de Junqueras, Rull, Turull, Sànchez e Romeva, mas autoriza sua saída da prisão em 21 de maio para comparecerem aos encontros dos integrantes do Congresso e do Senado".
O partido Socialista, do primeiro-ministro em exercício Pedro Sánchez, venceu as eleições nacionais do mês passado, mas ainda precisará do apoio de outros partidos e de pelo menos um voto ou abstenção dos partidos nacionalistas basco ou catalão.