NOVA DÉLHI (Reuters) - Um tribunal da Índia rejeitou recurso do líder da oposição Rahul Gandhi, nesta sexta-feira, para suspender sua condenação em um caso de difamação, anulando por enquanto sua esperança de retornar ao Parlamento e disputar as eleições nacionais marcadas para o ano que vem.
Abhishek Singhvi, advogado de Gandhi e porta-voz de seu partido Congresso, chamou o julgamento de "legalmente errado" e disse que em breve apelaria contra ele na Suprema Corte, a última opção.
Gandhi foi condenado em março em uma ação movida por Purnesh Modi, um parlamentar do Estado de Gujarat do partido governista Bharatiya Janata (BJP), por comentários que fez em 2019 considerados insultuosos ao primeiro-ministro Narendra Modi e outras pessoas de sobrenome Modi.
"Como é que todos os ladrões têm o nome de Modi?" Gandhi perguntou em um discurso de campanha eleitoral, referindo-se a dois empresários fugitivos, ambos de sobrenome Modi.
Rahul Gandhi, de 53 anos, descendente de uma dinastia que deu à Índia três primeiros-ministros, foi condenado a dois anos de prisão, mas a pena de prisão foi suspensa e ele recebeu fiança.
Ele também perdeu seu assento parlamentar após a condenação, uma vez que os parlamentares condenados a penas de prisão de dois anos ou mais são automaticamente desqualificados.
Eles também são impedidos de concorrer às eleições por seis anos após o término dos dois anos de prisão.
(Reportagem de YP Rajesh)