PORTO DE ESPANHA/CARACAS (Reuters) - A Guarda Costeira de Trinidad e Tobago disse que um bebê imigrante venezuelano morreu em uma operação de segurança no sábado, quando uma embarcação cruzou ilegalmente a fronteira marítima, levando o país caribenho a oferecer condolências.
Em um comunicado na noite de domingo, a Guarda Costeira disse que um de seus navios de patrulha ordenou que a embarcação parasse e depois disparou contra os motores da embarcação na tentativa de forçá-la a parar, só mais tarde descobrindo que estava transportando imigrantes a bordo.
"Outras verificações descobriram uma mulher adulta que estava segurando um bebê que ela indicou estar sangrando", disse o comunicado, acrescentando que a mulher foi levada a uma unidade de saúde local. "Infelizmente, o bebê foi encontrado sem resposta."
O primeiro-ministro de Trinidad e Tobago, Keith Rowley, disse que conversou com a vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, sobre o incidente e espera uma melhor cooperação futura entre a Guarda Costeira de Trinidad e a Guarda Nacional da Venezuela.
"Expressei minhas mais profundas condolências em meu próprio nome e de todo o povo de Trinidad e Tobago em relação à infeliz perda da vida do bebê", disse Rowley em comunicado na noite de domingo.
O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela expressou em comunicado "seu mais profundo pesar e rejeição ao incidente" e instou Trinidad "a realizar uma investigação exaustiva para esclarecer os fatos que cercam esse incidente fatal".
Pelo menos 40.000 venezuelanos vivem em Trinidad e Tobago, muitos dos quais chegaram em pequenos barcos superlotados, entre os cerca de 6 milhões de venezuelanos que deixaram seu país durante o colapso econômico.
(Reportagem de Linda Hutchison-Jafar em Porto de Espanha e Vivian Sequera em Caracas)