Por David Lawder e Amanda Becker
WASHINGTON (Reuters) - O Senado dos Estados Unidos aprovou no sábado o projeto de lei de gastos de 1,1 trilhão de dólares que acaba com a ameaça de paralisação do governo.
A votação do Senado por 56 a 40 envia a medida para o presidente Barack Obama, que deve assinar o projeto em lei antes que a autoridade de gastos federais vença à meia-noite de quarta-feira.
A aprovação do projeto de 1.603 páginas foi uma longa e dura batalha no Senado e na Câmara marcada por amargas disputas sobre mudanças a regulações bancárias e a recente determinação de Obama sobre imigração.
Os democratas eram contra o enfraquecimento da lei de reforma financeira Dodd-Frank, enquanto os republicanos tentavam afundá-la por não impedir a determinação de Obama.
A legislação financia a maioria das agências do governo até setembro de 2015. O Departamento de Segurança Interna será tratado de forma diferente, com extensão do financiamento apenas até 27 de fevereiro, quando os republicanos terão controle de ambas as casas do Congresso.
A votação no Senado encerra o mais recente capítulo em uma batalha de quatro anos entre democratas e republicanos sobre a política fiscal dos EUA em uma era de grandes déficits orçamentários.
Essas batalhas devem ser retomadas no próximo ano mas com uma virada: os republicanos, tendo conquistado grandes ganhos nas eleições do Congresso em 4 de novembro, assume o controle do Senado com maioria de 54 a 46 e terão maioria mais ampla na Câmara.
Entretanto, os republicanos ainda precisarão de cooperação dos democratas no Senado, onde 600 de 100 votos são necessários para avançar com a maior parte dos principais projetos de lei.