GAZA (Reuters) - Forças israelenses mataram três palestinos, incluindo uma criança, durante um protesto na fronteira entre Gaza e Israel nesta sexta-feira e feriram ao menos 126 outros, disseram autoridades palestinas.
O Exército de Israel alegou estar se defendendo de membros da multidão que lançavam granadas e explosivos contra seus soldados.
Milhares de palestinos se reuniram para uma manifestação perto da cerca da divisa israelense com a Faixa de Gaza, que é controlada pelo grupo islâmico Hamas.
O Ministério da Saúde de Gaza disse que três palestinos, incluindo um menino de 12 anos, foram mortos a tiros pelas forças israelenses. Ao menos 126 outros sofreram ferimentos de bala, afirmou.
Os militares de Israel disseram em um comunicado que alguns palestinos estavam “lançando artefatos explosivos e granadas, rolando pneus em chamas e atirando pedras” contra seus soldados na cerca da fronteira. Alguns atravessaram a cerca para atirar granadas em território israelense antes de voltarem para a Faixa de Gaza, disseram.
Nenhum israelense ficou ferido.
Disparos do Exército de Israel mataram ao menos 195 palestinos desde que os protestos começaram em março na fronteira, dizem médicos de Gaza. Um soldado israelense foi morto por um franco-atirador palestino.
Trechos de terras israelenses foram incinerados por materiais incendiários lançados sobre a divisa com pipas ou balões.
Os manifestantes de Gaza exigem o fim de um bloqueio israelense e egípcio e direitos a terras das quais famílias palestinas fugiram ou foram expulsas durante a fundação de Israel, em 1948.
Israel acusa o Hamas de orquestrar os protestos para acobertar os ataques e distrair seus habitantes das agruras econômicas em Gaza, alegações que o grupo nega. Em 2007 o Hamas tomou o controle de Gaza do presidente palestino Mahmoud Abbas, que tem apoio ocidental, e desde então enfrentou Israel em três guerras, a mais recente em 2014.
(Por Saleh Salem)