Por Patricia Zengerle e Richard Cowan
WASHINGTON (Reuters) - O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump pressionou seu vice-presidente, Mike Pence, a rejeitar sua derrota nas eleições de 2020, apesar de repetidamente informado que isso era ilegal, disseram assessores de Pence nesta quinta-feira a comitê do Congresso norte-americano que investiga o ataque ao Capitólio, ocorrido em 6 de janeiro de 2021.
Membros do seleto comitê da Câmara dos Deputados, liderada pelos democratas, disseram que Trump continuou sua campanha de pressão, mesmo sabendo que uma multidão violenta de apoiadores ameaçava o Capitólio enquanto Pence e parlamentares se reuniam para certificar formalmente a vitória do presidente norte-americano, Joe Biden, nas eleições de novembro de 2020.
O comitê de nove membros usou as primeiras três de pelo menos seis audiências públicas deste mês para construir um caso de que os esforços de Trump para reverter sua derrota equivaleram a uma conduta ilegal, muito além da política normal.
Trump negou repetidamente irregularidades, enquanto repetia suas falsas acusações de que perdeu a eleição apenas por causa de uma fraude generalizada que beneficiou o democrata Biden. Trump e seus apoiadores, incluindo muitos membros republicanos do Congresso, rejeitam o painel do Congresso sobre o 6 de janeiro, considerando-o uma caça às bruxas política.
A votação de certificação, em 6 de janeiro, tornou-se o foco para Trump, que a viu como uma última chance de manter a presidência, apesar de sua derrota nas urnas.
(Reportagem de Patricia Zengerle, Richard Cowan e Doina Chiacu; reportagem adicional de Katherine Jackson)