Por Steve Holland e Dan Williams
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira que anunciará sua proposta de paz para o Oriente Médio na terça-feira e acredita que os palestinos vão concordar com ela, apesar da recusa deles em se envolver com o assunto.
Sentado ao lado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, no Salão Oval da Casa Branca, Trump afirmou que seu plano "faz muito sentido para todos". Sobre os palestinos, Trump disse: "É algo que eles deveriam querer", mas o presidente norte-americano se recusou a dizer de que modo seria bom para eles.
Trump fará declarações conjuntas com Netanyahu na Casa Branca na terça-feira para delinear seu plano, com o qual as autoridades norte-americanas pretendem gerar impulso para resolver um dos conflitos mais espinhosos do mundo.
Os palestinos temem que o plano frustre suas esperanças de um Estado independente na Cisjordânia, na Faixa de Gaza e em Jerusalém Oriental, áreas que Israel capturou na guerra de 1967 no Oriente Médio.
"Eles provavelmente não vão querer isso inicialmente", declarou Trump. "Mas acredito que no final eles vão... É muito bom para eles. De fato, é demasiadamente bom para eles. Então, vamos ver o que acontece. Agora, sem eles, não fazemos o acordo e tudo bem."
Após a reunião com Netanyahu, Trump se encontrou com Benny Gantz, líder do partido de centro Azul (SA:AZUL4) e Branco de Israel, que é o principal rival do primeiro-ministro de direita nas eleições de 2 de março.
Os líderes palestinos dizem que não foram convidados a Washington para a apresentação de Trump de seu plano de paz e que nenhuma proposta pode funcionar sem eles.
"Rejeitamos (o plano) e exigimos que a comunidade internacional não seja parceira porque contradiz o básico do direito internacional e dos direitos palestinos inalienáveis", disse o primeiro-ministro palestino, Mohammad Shtayyeh na segunda-feira. "Não passa de um plano para acabar com a causa palestina."