Por Steve Holland e Emily Stephenson
HOLLYWOOD/WASHINGTON (Reuters) - O líder da corrida para se tornar o candidato republicano a presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, atacou a sua principal rival democrata, Hillary Clinton, nesta sexta-feira, a chamando de “desonesta”, e prometeu aos seus simpatizantes que não se tornaria excessivamente presidencial.
As declarações chocam-se com o que seus assessores haviam dito que seria uma tentativa de Trump, notório pelos comentários bruscos, de projetar uma imagem mais séria, inclusive lançando detalhes de políticas nos próximos dias.
"Eu posso dizer para você que se eu ficar presidencial demais as pessoas vão ficar muito entediadas”, disse o empresário de Nova York, barão do setor imobiliário, ao canal de TV Fox News numa entrevista que será transmitida no sábado. O canal divulgou trechos dela nesta sexta.
Ele foi adiante para dizer que Hillary “é uma pessoa que tem muitos, muitos defeitos” e que ela é “a pior representante possível que uma mulher pode ter”, movendo assim o foco dos rivais republicanos para as eleições de 8 de novembro.
"A única coisa que ela tem é o argumento da mulher”, afirmou Trump. “Nós a chamamos de ‘Hillary Desonesta’, porque ela é uma pessoa desonesta. Ela sempre foi uma pessoa desonesta.”
Hillary disse num evento na sexta-feira em Jenkintown, na Pensilvânia, que ela não responderia aos comentários de Trump.
A vitória de Trump em Nova York, o seu Estado de origem, aumentou as suas chances de conseguir a nomeação republicana, provocando uma análise mais séria de suas possibilidades nas eleições presidenciais.