Por Katanga Johnson e Susan Heavey
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu nesta segunda-feira os esforços de seu governo para implantar mudanças no Serviço Postal antes da eleição de novembro, apesar da revolta dos democratas e de outros críticos, e disse que apoiará mais iniciativas para ampliar a votação presencial na eleição de novembro.
Em uma entrevista à rede Fox News, Trump disse que apoiará mas cabines de votação, votação antecipada e outros esforços, e reiterou seus ataques contra a votação pelo correio.
Trump disse querer que a agência postal "funcione com eficiência".
"Não é uma 'coisa do Trump'", acrescentou, dizendo que mudanças administrativas recentes não foram uma tentativa de prejudicar os esforços em prol da votação à distância antes das eleições gerais.
Trump falou horas antes de democratas da Câmara dos Deputados realizarem uma teleconferência planejada para debater os planos da presidente da Casa, Nancy Pelosi, de convocar os parlamentares para voltarem aos trabalhos nesta semana. A Câmara deve analisar uma legislação para proteger o Serviço Postal do que Pelosi classificou no domingo como uma "campanha (de Trump) para sabotar a eleição induzindo o Serviço Postal a descartar eleitores".
Vários procuradores-gerais estaduais democratas também estão cogitando possíveis ações legais para impedir alterações no Serviço Postal que poderiam afetar o resultado eleitoral.
Os democratas acusam Trump, que está atrás do indicado democrata Joe Biden nas pesquisas de opinião, de tentar tolher o já mal financiado Serviço Postal para dificultar a votação pelo correio. Trump vem repetindo, sem provas, que um crescimento da votação pelo correio levaria a uma fraude.