Por Michelle Nichols
NOVA YORK (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, espera dirigir-se pessoalmente à Assembleia-Geral da ONU em setembro, disse nesta quinta-feira a enviada dos EUA junto à Organização das Nações Unidas, enquanto todos os outros líderes mundiais enviarão vídeos em vez de viajarem a Nova York em meio à pandemia de coronavírus.
A reunião anual de alto nível inicialmente seria uma celebração do 75º aniversário do órgão mundial, mas o secretário-geral da ONU, António Guterres, sugeriu em maio que os líderes enviassem declarações gravadas em vídeo devido a possíveis problemas de viagem em decorrência da Covid-19.
Os 193 membros da Assembleia-Geral concordaram na semana passada com as medidas especiais. No entanto, Trump pretende comparecer pessoalmente.
"Esperamos que o presidente Trump realmente fale pessoalmente na Assembleia-Geral. Ele será o único líder mundial a falar pessoalmente", disse a embaixadora dos EUA na ONU, Kelly Craft, ao centro de estudos sobre diplomacia Meridian International.
"Obviamente, vamos nos concentrar em questões de direitos humanos, transparência e responsabilidade", acrescentou.
Os Estados Unidos são tradicionalmente o segundo país, depois do Brasil, a discursar à Assembleia-Geral, que este ano deve começar em 22 de setembro.
O novo coronavírus já infectou pelo menos 17,1 milhões de pessoas e provocou mais de 668.000 mortes conhecidas em todo o mundo, de acordo com uma contagem da Reuters. Nova York chegou a ser um epicentro do vírus, que surgiu na China em dezembro.