WASHINGTON (Reuters) - O presidente norte-americano Donald Trump disse, neste sábado, que as ações do seu ex-conselheiro de Segurança Nacional, Michael Flynn, depois da eleição de 2016, foram "legais" e que não houve "absolutamente nenhum conluio" entre sua campanha e a Rússia.
Flynn, na sexta-feira, admitiu ter mentido ao FBI e concordou em cooperar com Robert Mueller, que investiga um suposto conluio entre a Rússia e a campanha presidencial de Trump, em 2016.
"Tive que demitir o general Flynn porque ele mentiu para o vice-presidente e para o FBI. Ele admitiu essas mentiras. É uma pena porque suas ações durante a transição foram legais. Não havia nada a esconder", disse Trump, em um tuíte.
Flynn, um ex-diretor da Agência de Inteligência da Defesa, ocupou sua posição como conselheiro de Segurança Nacional de Trump por apenas 24 dias. Ele foi forçado a renunciar por não revelar o conteúdo de suas conversas com Sergei Kislyak, o embaixador russo nos Estados Unidos, e então mentir para o vice-presidente Mike Pence sobre as conversas.
"O que foi demonstrado não é um conluio, nenhum conluio", disse Trump a jornalistas, ao deixar a Casa Branca para eventos de angariação de fundos em Nova York. "Não houve absolutamente nenhum conluio, então estamos muito felizes."
Flynn foi o primeiro membro da administração de Trump a se declarar culpado de um crime relacionado a uma ampla investigação de Robert Mueller sobre possíveis tentativas russas de influenciar as eleições presidenciais dos EUA em 2016 e possíveis conluios por auxiliares de Trump.
Como parte de sua confissão na sexta-feira, Flynn concordou em cooperar com a investigação.
Flynn se declarou culpado de fazer declarações falsas sobre os contatos que ele teve em dezembro com o embaixador da Rússia nos Estados Unidos.
(Por Patrick Rucker)